Na
próxima sexta-feira, dia 13 de Setembro, pelas 21H30M, no Teatro Nacional S.
João, em co-produção do CCT/TEP com esta entidade, o Teatro Experimental do
Porto estreia o 232º espectáculo, “Os
Negócios do Senhor Júlio César”, romance inacabado de Bertolt Brecht, com
encenação de Gonçalo Amorim.
O
espectáculo terá representações no Teatro Nacional S. João até 29 de Setembro,
de quarta-feira a sábado, às 21H30M, e aos domingos, às 16H00M, estando
classificado para maiores de 12 anos.
O
Teatro Experimental do Porto regressa com este espectáculo a Bertolt Brecht,
numa encenação do seu director artístico Gonçalo Amorim, depois de ter sido a
primeira companhia portuguesa, então ainda grupo de amadores com direcção de
António Pedro, que o tentou levar à cena em Portugal, em Junho de 1956, através
da peça “Ti Coragem” (o Jornal de Notícias, de 10 de Junho de 1956, com
fotografia, fez mesmo uma reportagem sobre os ensaios). Infelizmente, a Censura
Salazarista viria a proibir o texto, na tradução de Ilse Losa, e a sua
representação. Enfim, memórias de uma longa resistência ao regime ditatorial,
que o TEP sempre soube tornear, chegando ao 25 de Abril de 1974 já com 100
espectáculos estreados!...
Mas
sem Brecht; só levado à cena após essa data.
“Os Negócios do Senhor Júlio César”, de Bertolt Brecht, com encenação de Gonçalo Amorim,
tem adaptação e apoio à dramaturgia de Rui Pina Coelho, a partir da tradução de
António Ramos Rosa, apoio ao movimento de Vera Santos, cenografia de Rita
Abreu, desenho de luz de Francisco Tavares Teles, figurinos de Catarina Barros,
música original de Pedro Boléo e Samuel Coelho, sonoplastia e desenho de som de
Luís Aly, adereços de João Rosário, stencil de André Neves e assistência de
encenação de João Villas-Boas. São intérpretes: Ana Brandão, Catarina Lacerda, Carlos Marques , Daniel Pinto, Inês Pereira, João
Miguel Mota, Nicolas Brites, Paulo Moura Lopes e Pedro Pernas (actores) e
Samuel Coelho (músico).
Em
plena comemoração dos 60 anos de espectáculos do TEP e num momento em que se
desenvolve, sob a direcção artística de Gonçalo Amorim, um processo que se
pretende inovador e exemplar no historial da decana das companhias do teatro
profissional em Portugal, considerámos, conjuntamente com o Teatro Nacional S.
João, ser a data oportuna para esta co-produção, que desloca pontualmente para
a cidade que nos viu nascer, e na qual nos criámos, a nossa actividade.
Com
o apoio inequívoco do Município de Vila Nova de Gaia, nosso principal apoiante,
através da Câmara Municipal e empresa Gaianima, mas, também, com o da
Direcção-Geral das Artes, num contrato quadrienal, o TEP, com este espectáculo,
dá novos e importantes passos para o futuro.
Fotografias de João Tuna