Felizmente Há Luar!, de Luís de Sttau Monteiro


O martírio de Gomes Freire, decidido por déspotas absolutistas, que, igualmente castravam e mutilavam um povo que pedia às portas da igreja e aqueles que se preocupavam com a sua sorte, serviu de pretexto a Luís de Sttau Monteiro para escrever o seu admirável “Felizmente Há Luar!”, desejando falar do martírio de Humberto Delgado, delineado por uma ditadura feroz, sangrenta e egocêntrica, que punia os que não a apoiavam com servilismo. O texto de Sttau foi escrito após a campanha presidencial de Delgado, em que este foi “oficialmente” o derrotado, numa época em que a Guerra Colonial já estava em marcha e o assassinato do General Sem Medo ocorreria pouco depois. Reflectir com os alunos e professores das nossas escolas, pela via do teatro, sobre estes acontecimentos é fundamental para que a ditadura dos mercados não ofusque a nossa democracia.

“Felizmente Há Luar!” é apresentado em reposição, entre 18 de Fevereiro e 14 de Março, de segunda a sexta-feira, em duas representações diárias, às 10H30M e às 15H00M. Com encenação de António Júlio, cenografia de João Rosário, desenho de luz de Rui Monteiro, sonoplastia de Eduardo Brandão e figurinos de Paula Cabral, é interpretado por Ana Só, Aquiles Dias, Carlos Gonçalves, Edi Gaspar, Élio Ferreira, José Cruz, Margarida Carvalho, Maria Teresa Barbosa, Pedro Fiúza, Tiago Lourenço e Tiago Teixeira Araújo.

Fotografias de José Martins