O martírio de Gomes Freire,
decidido por déspotas absolutistas, que, igualmente castravam e mutilavam um
povo que pedia às portas da igreja e aqueles que se preocupavam com a sua
sorte, serviu de pretexto a Luís de Sttau Monteiro para escrever o seu
admirável “Felizmente Há Luar!”,
desejando falar do martírio de Humberto Delgado, delineado por uma ditadura
feroz, sangrenta e egocêntrica, que punia os que não a apoiavam com servilismo.
O texto de Sttau foi escrito após a campanha presidencial de Delgado, em que
este foi “oficialmente” o derrotado, numa época em que a Guerra Colonial já
estava em marcha e o assassinato do General Sem Medo ocorreria pouco depois.
Reflectir com os alunos e professores das nossas escolas, pela via do teatro,
sobre estes acontecimentos é fundamental para que a ditadura dos mercados não
ofusque a nossa democracia.
Fotografias de José Martins